O Franchising é uma boa alternativa para jovens que acabaram de se formar ou estão pensando em empreender. Na década de 90 dizíamos que não, pois não eram maduros para assumir a gestão de um negócio, que seus pais não deveriam comprar uma franquia, como se estivessem comprando um emprego para eles. Assim como não se deve comprar franquia para o cônjuge, sem que ele ou ela participe da decisão, da escolha e do processo de seleção. Porém, atualmente,os jovens são mais investigativos, curiosos, estão gostando muito da ideia de empreender, de criar, gerenciar, aprender sobre negócios e seus diferenciais,métricas, resultados e impacto na vida dos clientes e consumidores.

Um problema é que estão achando que é muito legal errar também, a onda das startups com a licença poética de tanto poder acertar quanto errar, no varejo custa muito caro, mas muito! A franquia entra com a rota de diminuição de erros ou riscos, orientação e suporte de franqueadores e suas equipes, correção e todos focando nos acertos, ajustes, melhorias.

Se alguém já formado, experiente e calejado encontra na franquia um viés de aprendizagem, de recomeço de vida profissional e do início empresarial, porque o jovem idealizador, “a folha em branco” cheia de sonhos, teorias, sites, fan pages,vídeos e fotos de blogueiros inspiradores, além das páginas de livros resumidos com os melhores insights na web deveria ser tolhido dessa experiência? Ainda,tendo como mentor prático um franqueador, um consultor de campo, como coaching um gerente de RH ou diretor de marketing que, juntos, podem inclusive aprender o que os clientes da marca, que este empreendedor millennium está adquirindo, podem trazer de sugestão? Para muitas empresas, o futuro franqueado pode falar a língua dos seus clientes, ter na boca o sabor que os clientes querem experimentar, ter customizada a camiseta que eles querem vestir, ter propósitos e estilo de vida comuns aos do público alvo.

É interessante demais observar a mudança de tudo que estamos falando, escrevendo,discutindo, vivendo! Como consultora, aos 30 anos, eu precisava parecer mais velha, mais madura e mais experiente. Advogados e médicos também tinham o desafio de transmitir segurança a seus clientes e pacientes. Hoje, entrar em uma reunião com empresários em busca de inovação e melhor posicionamento de suas empresas, assim como discutir mercado e share, investimentos e resultados com fundos de investimento, levo comigo um (ex) CFO ou um CMO de alguma startup reconhecida, com um CV maluco e idade para ser meu filho, que se comporta,de igual para igual, com quem tem a experiência de seu avô. A mesma segurança,dados e cases na ponta da língua, provocando reflexões e mudanças de paradigmas com muita facilidade.

A economia compartilhada está no propósito de vida deles, portanto pertencer a uma rede de franqueados possibilita a troca de experiência e conhecimento, o network em busca de novas ideias e soluções, a mente inovadora e as respostas que os mais velhos buscam, neste mundo que muda a cada minuto, pode estar entre os franqueados.

Trata-se de uma (grande) oportunidade aos jovens empreendedores e aos franqueadores que estão lutando pela sobrevivência ou melhores resultados. E, como sempre foi, é preciso se encontrarem, terem perfis que “match” em negócios que “fit” aos propósitos e estilos de vida desses jovens. E isso é muito mais que ROI para eles, se é que me entendem.

 

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