Começo o artigo de hoje refletindosobre aqueles que dizem que microfranquia não é franquia, asdesqualifica por serem operações com investimento inicial até R$90 mil, portantosão franquias baratas e/ou que, entre franqueadores de microfranquias, amaioria é picareta. Generalizar é sempre um posicionamento muito grave.

A meu ver há algumaspossiblidades de “diagnóstico” sobre os que atacam este modelo de negócio:uma questão de ego porque não foi quem criou o termo, nem o conceitomicrofranquia, talvez porque precise polemizar para chamar atenção sobre si ou,pior ainda, não sabe nada sobre franchising. O mesmo aconteceu quando lançamoso conceito de franquia social em 1994 /95 e gerou tanto, mas tanto,questionamento e críticas infundadas, pelos mesmos motivos que citei acima,porém a evolução dessa prática foi coroada pela entrada em vigência da nova Leide Franquias Brasileira 13.996/2016, onde lê-se no §2º do Artigo 1º: A franquiapode ser adotada por empresa privada, empresa estatal ou entidade sem finslucrativos, independentemente do segmento em que desenvolva as atividades.

Vamos ao foco do porquê asmicrofranquias podem atender uma grande variedade de microempreendedores,conforme as expectativas que têm atreladas ao perfil profissional e deempreendedor, a capacidade financeira, o momento de vida, idade, enfimexatamente o mesmo que uma franqueadora, cujo investimento está acima de R$ 90mil, analisa, avalia e busca em seus futuros franqueados. Microfranquias sãonegócios replicados por meio do modelo de franchising e que exigem uminvestimento inicial inferior ao das franquias tradicionais.

Vim trocando ideia comfranqueadores dos setores de educação e saúde, alguns com marcasinternacionais inclusive que optaram pelo canal de microfranquias, de forma aatender empreendedores, sejam eles microempreendedores, ou não. Microfranquianão é para quem não tem dinheiro, me entendem??

A defesa à educação como basede formação de uma população com valores éticos e morais que podem vir deberço, mas potencializados através do conhecimento, é inquestionável. E,conversar com o Júlio Segala, Diretor de Marketing e Operações do KumonAmérica do Sul é sempre tão prazeroso, pela sua fala calma, profunda pelo seu propósitode vida. O Kumon é uma empresa mundial, nasceu em 1958, no Japão, com oobjetivo de levar o Método Kumon para as crianças do Japão e de outrospaíses do mundo. Resumindo, a rede de franquias do Kumon está presente em maisde 50 países, com cerca de 25.000 franquias e mais de 4,5 milhões de alunos.

O Júlio me descreveu que desde aorigem, o franqueado é o responsável por aplicar o Método Kumon e pelodesenvolvimento dos alunos, o que traz a essas pessoas uma atividade que setransforma em prazer e reconhecimento por serem educadores, com o retornofinanceiro necessário para que possa sustentar sua vida pessoal. Paramontar uma franquia do Kumon, o investimento inicial se enquadra dentro da faixaconsiderada microfranquia.

Microfranquia é um modelo defranquia com investimento abaixo de R$ 90.000,00 no Brasil, fazendo comque muitas pessoas possam ter acesso, transformando em uma oportunidade para aspessoas trabalharem, gerarem receita e terem satisfação profissional e pessoal.As micro franquias seguem as mesmas regras e leis que regem as franquias. Aúnica diferença é o montante do valor inicial, segundo Segala com razão.

Ainda na área de educaçãoe agregando a de saúde também, o Artur Hipólito, sócio e diretor daHome Angels, que atua com cuidadores de idosos e da Tutores de reforçoescolar, acredita que o momento nunca foi tão propício para o crescimento edesenvolvimento das operações de microfranquias, porque basicamente há doistipos de operação no Brasil: a franquia voltada para o investidor e a para quemestá trocando o mundo do emprego pelo mundo empreendedor/empresarial. “Damesma forma que as microfranquias se consolidaram no Brasil como uma porta deentrada para micro e pequenos empreendedores, agora, mais do que nunca, elasserão uma oportunidade para geração de emprego, de renda formal e deempresas formais no nosso país.” É o momento de oferecermos umaatividade econômica para as pessoas e não um simples negócio onde investem seupatrimônio.

Buscando dados relevantes demicrofranquias sérias, estruturadas e profissionais não pude evitar de falarcom a Adriana Auriemo,  Diretorade microfranquias e relacionamento da ABF e Sócia- Diretora da NuttyBavarian. Quem nunca passou por um corredor de shopping center e não sentiuaquele perfume (aquilo não é cheiro nem aroma) de nuts glaceadas ou preferiu assalgadas para terem menos culpa sobre as calorias e saiu planando até oquiosque de um micro franqueado Nutty Bavarian? Saudade destes momentos!

A Adriana confirmou o crescimentode interesse e consultas por microfranquias, várias franqueadoras tiveramaumento de comercialização e expansão de suas redes e, claro que com esta crisetoda, um investimento mais conservador e acessível se torna mais atraente, masnão é de hoje.

Continuo com minha série deartigos de como os setores estão se comportando, como analisar negócios, mereferindo a alguns dos líderes e marcas que conheço, respeito e posso citar,principalmente porque não são meus clientes e não aceito comissão do que querseja. Não vendo franquias. Compartilho conhecimento e opiniões embasadasem fatos e indicadores. Keep your eyes open!!

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