As promessas de final de ano e o planejamento para 2021 já começaram a povoar a mente de todos nós, não de hoje, claro. E num ano como o que vivemos, dentre outros fatores, com a taxa de desemprego altíssima, empreender se torna mais que uma possibilidade, mas uma solução para muitos.

Empreender, engajar, on line, home office, inovar, reinventar são alguns dos termos que mais vimos como parte dessa solução, que conduzem ao sucesso, alavancam negócios. Em meio ao caos, surgiram a criatividade, o pioneirismo e, novamente, a inovação alicerçada pela tecnologia, já que o universo físico esteve com suas portas fechadas. 

As start ups têm sido “invejadas” porque talvez estivessem mais preparadas, já que nascem com o DNA de lidar ou tratar as dores do mercado, do consumidor, ou seja, são cridas para atender uma demanda existente. Nasce uma empresa inovadora e lá vem um monte atrás, melhorando o que a primeira, por inexperiência ou pressa em ser a pioneira, não enxergou e não resolveu.

Segundo Peter Drucker, inovação é a mudança do comportamento de agentes no mercado como fornecedores e consumidores de qualquer coisa. Agregada a esta definição, nos últimos anos, veio a tecnologia para acelerar tudo, inclusive a inovação e tornar visível em tempo real o que ouvíamos falar depois de um tempo em que já estava acontecendo nos idos dos anos 70 a 90.

As start ups apresentaram novos termos e nomenclaturas que as empresas tradicionais adotaram. O off line teve que se tornar digital e o que levaria anos, foi realizado em meses, por conta do caos instalado, que por sua vez permitiu, à inovação, o erro, os ajustes e a desculpa de que erramos porque estamos nos reinventando.

E o franchising com isso? 

Em tempos de crise, a fragilidade do desemprego, do se reinventar (não é de hoje que milhões de pessoas têm que redescobrir o que e como fazer algo) atiça o empreendedorismo. 

E na evolução dos processos, novos “nomes” surgem e são potencializados, inspirados pela bola da vez. Exemplo: os brokers, se tornaram corretores de franquia, depois consultores de expansão de franquias e hoje são aceleradores de marcas ou de franquias. 

Analisando negócios para investidores e candidatos à oportunidade de um bom negócio, como uma franquia estruturada profissionalmente, eu não aposto em “a pioneira, a maior, a melhor” sem estudar, detalhadamente, os últimos 30, 40 anos do franchising brasileiro. 

Pois, antes da atual pioneira e/ou maior, há a chance de existir a empresa precursora e viva até hoje, que o futuro empreendedor leigo e tão acostumado àquela marca como consumidor, não analisa que alguém já vem vendendo o mesmo conceito há anos ou décadas. Só que a fragilidade emocional não lhe permite enxergar as verdades de mercado, tão visíveis à luz do on line, do real time, que a internet evidencia.

Nos planos do” aqui e agora” e na urgência para definir 2021, cuidado com as promessas mágicas feitas por terceiros que vendem a franquia, tem metas a cumprir, comissões a receber e cabe, ao franqueador, apenas aprovar, quem não veio através de suas próprias mãos. 

A geração de leads, apresentação da franquia, test drive e Discovery Day cabem ao dono da marca e à sua equipe. A estrutura para expandir deve estar 100% alinhada a quem faz o treinamento e entrega o suporte à rede. 

O domínio da operação, a cultura e o DNA de uma empresa estão dentro de casa, assim como a responsabilidade de tornar alguém franqueado,  sustentar e apoiar até que este decole como empresário e represente, com esmero, a marca que assumiu como sua também. 

Depois não adianta dizer que o franqueado não tem o perfil adequado. Tampouco, vale reclamar que você, empreendedor, não sabia que tinha que ser diferente. 

Pesquise, olho no olho com franqueador e sua equipe por incontáveis horas, antes de assinar um contrato de franquia!


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