Há coisas que aprendemos em momentos de dor ou potencializamos o que já sabíamos e não considerávamos tão interessante ou importante. Em tempos de crises como esta causada pelo novo coronavírus, o franchising fornece muitas oportunidades de empreender, seja como franqueado (o que a maioria das pessoas considera como opção) ou como futuro franqueador – a minoria pensa nesta possibilidade de expansão do negócio quando esta, na verdade, surgiu nas mãos de um empreendedor como uma solução de ganha pão e para pagar contas essenciais.

A renda complementar e/ou desemprego são verdadeiros alavancadores de empreendedorismo e expansão via franchising. Outra possibilidade a ser considerada é se tornar fornecedor de franqueadoras e suas franquias com os produtos criados, desenvolvidos e aprovados pelos consumidores. Importante saber que todo franqueador ou fornecedor um dia foi micro e pequeno até se tornar grande e reconhecido.

Nesses meses, temos visto inúmeros exemplos de negócios que nasceram na cozinha de casa, na sala que era de visitas ou de TV, na lavanderia, área de serviços do apê ou no quarto das crianças. Algumas preciosidades passaram a ser ofertadas a todos nós que somos consumidores. E a internet vem ajudando demais os novos empreendedores a se comunicarem, lançarem seus produtos e/ou serviços, os clientes a experimentarem, compararem, escolherem comprar de novo e, com isso, todos vêm se aprimorando dia a dia.

Com este cenário descrito, podemos avaliar a chance de as empresas nascidas neste período serem uma das opções:

  1. Unidade piloto: modelo para testar como uma franquia irá atuar
  2. Franqueadora
  3. Fornecedora de franquias

Para se tornar uma empresa franqueadora (2) é essencial ter, pelo menos, uma unidade (1) pilotando o que as franquias farão e qual o resultado que terão, pagando as taxas que o sistema de franchising prevê para remunerar a franqueadora com taxa de franquia e royalties, mais o fundo de propaganda para o marketing institucional e promocional. Ou seja, há mais investimento e pagamentos a fazer em cima do que foi feito no negócio inicial.

Para ser fornecedora (3), o planejamento tem que ser sobre muito crescimento, escala, logística, condições comerciais como preço, prazo e aspectos legais como vigilância sanitária, por exemplo.

Dicas para atuar no franchising

Agora, veja 5 dicas para analisar a viabilidade de atuar com o setor de franchising, usando a oportunidade de ter se testado como empreendedor. Pense sobre cada um desses tópicos:

  1. Planejamento estratégico do negócio
    – Qual o propósito da empresa
    – Mix de produtos e serviços
    – Perfil de cliente: B2B (fornecedora) ou B2C (franquia e/ou franqueadora)
    – Pesquisa de mercado: concorrentes e seus diferenciais
    – Pontos fortes e críticos que o negócio apresenta atualmente
    – Fornecedores e prestadores de serviços para o negócio entregar o que quer vender
    – Canais de distribuição ou pontos de contato com os clientes: loja física, e-commerce, app, WhatsApp, multimarcas, venda direta, marketplace etc.
    – Estudos financeiros
    – Diagnóstico Geral e Detalhado
    – Plano de ação
  2. Cronograma macro e detalhado das ações e responsáveis
  3. Comunicação e marketing: criação da marca, brand book, forma de comunicação
  4. Aspectos jurídicos e legais: constituição da empresa, registro da marca
  5. Lançamento do negócio com segurança de cumprimento do que está sendo prometido

Ter um produto delicioso já é um caminho, porém não é suficiente para virar uma franquia. Longe disso! Mas, pensar grande e com muita responsabilidade é uma estrada que se abre às possibilidades de se reinventar e prosperar.

Planejamento e disciplina são o pavimento dessa rota, estudar e pesquisar são as linhas que mostram que via seguir. Especialistas servem de sinalização, apenas. E o empreendedor de visão é o veículo de seu próprio caminho!

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